Que delícia! Nada melhor que vencer um clássico, ainda mais quando se há muito mais coisa em jogo, e por um resultado impressionante, histórico, arrebatador, para não se deixar qualquer tipo de dúvida em relação a superioridade. O maior de Minas depenou o galinho sem piedade, metendo em sua cloaca logo de uma vez seis gols, um atrás do outro, sem intervalo, sem tempo de descanso, com toda a sua irá, o seu bom futebol que há muito não se via, que estava oculto, apenas esperando a hora de se revelar. E que melhor momento do que em um jogo dessa magnitude, e de forma tão grandiosa?
Eu não esperava uma partida dessas, de verdade. Foi impressionante, completamente inacreditável. Não que já tivesse jogado a toalha em relação a permanência do celeste na primeira divisão. Isso nunca. Acreditei até o fim, mesmo que todas as fibras do meu corpo apontassem para o contrário, para uma triste queda, que mancharia para todo o sempre o nosso manto sagrado. No entanto, a fúria da raposa entrou em campo, com toda sua fome, seu desejo pela deliciosa carne de frango que lhe era oferecida. Dito e feito. Foi pra cima, com gana de vencer, não deu espaço para o acuado adversário, que apenas assistia nossos jogadores desfilarem toda a sua raiva, sua vontade insaciável por vitórias. Vontade que nos presenteou com um resultado histórico, que nunca será apagado de nossas memórias. Um seis tão lindo desses, é pra nunca ser esquecido.
A temporada foi uma porcaria, o cruzeiro estava merecendo cair, mas para nossa sorte, o destino estava do nosso lado. Como dizem, time grande não cai. Ano que vem permaneceremos na série A, atrás de títulos, dos quais nosso glorioso clube tanto está acostumado. A diretoria vai ter de fazer uma limpa daquelas na equipe, contratar jogadores bons de verdade, para assim voltarmos ao caminho das glórias. Creio que ano que vem o cruzeiro terá outra postura. Depois de um susto desses, de uma queda tão iminente, evitada apenas graças a sorte da raposa, e ao nosso querido freguês galo, tudo o que a torcida quer é que o cruzeiro acorde, e no futuro, volte a nos dar alegrias, a levantar taças, as quais há muito já não vemos. Dalê zero, o maior de Minas!
Todos os gols da raposa. Chupa cachorrada! O choro é livre.